terça-feira, 12 de abril de 2011

Cores

Já se imaginou se tudo o que preza, tudo o que se luta, tudo o que se ver, do nada, mas do nada mesmo, perdesse sentido... Já se imaginou num mundo onde não há vida, não há movimento, e tudo vai se direcionando à um só lugar, o nada, ou pelo menos quase nada. Como seria acordar com um sol de quarenta graus, mas ver um verde quase preto, um vermelho em um tom bordo, ver o sol, num tom de cinza, sentir apenas a presença de tudo, sentir apenas o que se lembra, como seria? O que fazer?
Sim, todos temos nossos dias assim, mas tudo o que se deve fazer, é acreditar, acreditar que é só um pensamento, acreditar que tudo o que está vendo, é passageiro, acreditar que se fecharmos os olhos e refletirmos, tudo o que era um tom de cinza, volta a ser vibrante como o arco-íris, volta a ser lindo como uma borboleta em seu primeiro voo, volta a ser mágico, como um coelho, que sai de uma cartola, volta a ter vida, como um dia com um sol amarelo vibrante que faz energias penetrarem por entre as células, e nos dá mais um motivo pra continuarmos ali, firme e fortes, em uma jornada finita, mas bela.

2 comentários:

  1. muito bom.
    adorei,é um texto muito profundo,que mostra a sua capacidade de ver a vida como ela é...
    acho que você deve ser um menino muito talentoso,que tem tudo pra crescer na vida.
    fique com Deus.
    KLM'

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  2. Olá, garotinho!
    Me sinto assim muitas vezes, é como se eu olhasse uma enorme tela cinematográfica na minha frente, onde o que eu assisto é o cotidiano, nosso cotidiano, um cotidiano em preto-e-branco, as vezes em fucsia ou mesmo desbotado, mas... não sei explicar, é algo mecânico, irreal, parte de mim assiste a cena e parte de mim assiste a mim assistindo a cena. É como se algo em mim se desprendesse do meu emocional e analisa-se o que ocorre em torno de mim como quem assiste à um filme, e depois qdo essa parte que se desprendeu se une novamente comigo, fica uma sensação estranha de deslocamente e urgência em fazer alguma coisa. Enqto vejo o cotidiano acontecendo feito em tela, é como se nada pudesse me atingir e o filme que vejo são apenas imagens que eu posso desligar qdo algo me aborrecer, não faz muito sentido imediato, são apenas imagens foscas que não me expressão sentimentos, tudo é mesmo como um filme que passa diante dos meus olhos sem minha participação. Somente depois que desperto desse transe estranho é que percebo o qto a realidade do mundo me incomoda, é que percebo que se a humanidade não acordar tudo o que vai nos restar seram lembranças de como um dia foi o mundo, os animais, as plantas, os sentimentos, as pessoas. Depois que a sensação de telespectadora da vida passa, é que percebo que a vida não está tendo mais aquele mesmo valor de antigamente, porque, verdadeiramente, é exatamente isso o que vc escreveu que vem acontecenhdo com as pessoas, embora muitas não tenham conciência disso, não estamos enxergando à essencia da vida e tudo o que nos rodeia.

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